Acordo como se minha alma
Tivesse voltado de uma longa jornada
Abro o olho rapidamente
E fico olhando para o teto
"Onde?, Como?, Porque?"
Meu braço, não sei se esta
Dor-mente ou pesado
Sinto a respiração e o corpo
De um anjo no meu peito
Num sono que pesa
Ate meu peito
Fico ali olhando seus olhos fechados
E tento me embriagar naquele sono
Mas parece que minha alma
Já viajada, quer descansar
Então me levanto
Suavemente para não acordar o anjo
Deixo a cama e sigo para a cozinha
Ainda fico na porta
Parado como uma criança que acaba
De ganhar um doce
Tomo meu café e quando percebo
Ela, trajada apenas de um camisolão
Vem ao meu encontro, com o sorriso mais belo
E a luz batendo em seu reflexo faz ela se tornar
Mais especial do que nunca para mim
Os Poemas de um Grande
Um poema é uma obra literária apresentada geralmente em verso e estrofes (ainda que possa existir prosa poética, assim designada pelo uso de temas específicos e de figuras de estilo próprias da poesia).
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Voltando a ativa
Faz tempo que não escrevo nada nesse Blog, parecia um mar morto. Nem me lembrava mais que existia algo do tipo para mim dedicar algumas tardes e noites. Confesso que nunca gostei de escrever mas parece que me acalmava escrever qualquer coisa sobre qualquer um, sobre a cidade, sobre essa vida moderna. E digo mais, já escrevi alguns ate no ónibus hahaha. O que não faz alguns minutos entediado, esperando chegar seu ponto final. Vou tentar voltar a activa, não prometo muito dessa cabeça oca hahaha, mas ate agora estava saindo-me bem, então seguindo essa linha....
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Atleta
Coração bate como um pandeiro de escola de samba
A explosão, contrações... Boom!
Veias saltadas como rios transbordando
Pulmões sem quase ar, como um dia na cidade grande
Respiração ofegante como um mergulho no Nilo
Músculos tonificados como um touro esbaforido
Suor escorrendo pelo rosto e corpo como a chuva em Novembro
Ao correr se transforma em um, um único
E em sentido, uma maquina, uma bala de calibre 38
Dose de Uísque
Sentado num bar tomando meu uísque
Penso Que saudade do tempo que tinha
Mais confiança no ser humano, no animal que
Supera seu antepassado e passado
Chamo o garçom
Copo vazio, mais uma dose, mais uma
E tu já podes encerar por hoje
Me pego bêbado ou de fogo
Vista embaçada
Será mesmo bebida ou minha angina?
Nesse meio tempo, começa a chover
Graças a deus assim acaba com esse pafo em plena luz do luar
Acabo minha dose – Chega por hoje amanha é segunda-feira
Peço um taxi
No banco de trás durmo como um anjo
Ouvindo a chuva bater no vidro
Versos Complexos de Ramon Luz
Abro a porta de casa... Vou em direção a janela da sala
Abro-a para sentir o vento enrustido do 5º andar
Olho para os carros a passar rapidamente,
Ouço as buzinas
Vejo na rua o movimento das pessoas o vai-e-vem
Me pego num olhar fixo em uma luz
Um farol de carro me leva a um lugar
Onde estou? Em quatro paredes - não ouço nada
Ao meu lado esta minha consciência e meu desejo
O justo e o delírio
Um me oferece o saber a força
Outro a luxuria a avareza
Desejo me oferece tudo o que todos querem e tentam resistir
Desejo nada mais que pecados
Ramon sou eu
Ramon és tu
Ramon é-nos
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Mãos da Criação
... Nas mãos do escritor, a máquina virar um mundo de fantasias
Quando percebe já esta digitando na maquina velha de seu avô
Faz com que todos os seus dedos se movimentem
Cria um mundo de fantasias
Em que contagia o leitor
Contagia a si próprio
Lembra-te da tua infância
Lembra-te da tua primeira namorada
Lembra-te de como era feliz
Lembra-te do teu cachorro
Lembra-te do almoço em família
Lembra-te dos inimigos
Lembra-te da chuva, dos trovões
Lembra-te do Sol, da Lua, das estrelas
O escritor é magnífico e magnificado com o poder que tens na mão
Poder de dar vida ao leitor e levá-lo pro alto... De sua imaginação
O Tempo
Levanto repentinamente e penso
Era um sonho ou um pesadelo?
Lembro-me da noite passada... O tempo
Olho para o teto e mexo no meu cabelo
“Hoje é um daqueles dias”
Dias da vida, da vida insossa
Levanto e vou para a cozinha
Na pia aquele copo, copo de uísque
Bate aquela enxaqueca
Tomo um copo d’água e pego minha toalha
Tem cheiro de mulher e minha memória
Vai buscando a noite anterior com a Driz
Volto para o quarto, e meu subconsciente
Diz de novo: “Hoje é um daqueles dias”
Dias em que Não estou cansado nem relaxa
Nem triste nem feliz
Nem mal-humorado nem satiro
Nem faminto nem estufado
Nem querido nem excluído
Nem amoroso nem rancoroso
Nem sábio nem estúpido
Nem luxuoso nem desleixado
Nem desvirtuoso nem honrado
Nem Oscar Nieymer nem Bill Gates
Nem goleiro nem atacante
Nem guitarrista nem pianista
Nem MPB nem heavy metal
O tempo, a hora, o minuto
Quando me deparo estou dormindo acorda
Sonho em um alto monte
Que toca o seu com a ponta de pedra
Em que me jogo de cabeça
Numa queda sem fim
Numa queda em que nem o tempo
Pode prever e resolver matematicamente
O tempo
O tempo...
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